Resenha: Veríty (Collen Hoover)

                           

    Classificação Indicativa: +18 anos
   Gênero: Romance, Suspense e Ficção
   Nota: 4,5/5
 
   Sinopse: O amor é capaz de superar a pior das verdades? 

    Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge        de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível           acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a         história... E é nessa complexa ircunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à         beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já       consolidada série. 

   Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.

       
           Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

             Resenha:

            Veríty foi meu terceiro livro de suspense e o primeiro que tive que abandonar logo no segundo capítulo por conta do medo que estava sentindo (mesmo que nem tenha chegado numa parte realmente assustadora).  Nele, eu senti diversas emoções, mas a principal delas foi: nojo. 

             No início do livro, conhecemos a Lowen e o Jeremy, duas pessoas consideradas crônicas. Mas o que são pessoas crônicas? São pessoas que estão destinadas a sofrerem durante toda a sua vida. Isso é perceptível pelo fato como se conheceram: ela tendo que limpar o sangue em sua camisa por conta de um acidente de carro em Nova York (mas não é um acidente de carro qualquer). Algo que, aparentemente, acontece com naturalidade. Reparem na energia caótica que começa esse livro! Em seguida, ambos têm que ir para suas determinadas reuniões, que por pura coincidência, seriam no mesmo lugar. Mesmo sendo apenas os primeiros capítulos, é perceptível que Lowen está interessada por ele. Os personagens da Collen sempre se apaixonam em situações tão malucas, isso é meio complicado de entender.

           No decorrer do livro, é oferecia uma proposta para Lowen, onde ela teria que escrever os últimos três livros da Veríty por 500 milhões de dólares. 500 MILHÕES! Ela não teria que participar de viagens e seria uma "escritora anônima" (tudo o que ela mais queria). Acredito que todos, assim como eu, aceitariam facilmente uma proposta dessas! O problema está quando ela tem que ficar uns dias na casa de Jeremy e sua esposa Veríty. O detalhe é que Veríty não possui mais consciências de suas ações, podendo ser comparada à uma criança quieta e solitária. A casa é tão sinistra quanto o casal que mora nela, não sei como a Lowen conseguiu ficar muito tempo lá. 

         Um manuscrito foi encontrado enquanto a Lowen procurava algum rascunho sobre possíveis ideias da Veríty para a continuação do livro. A princípio, Lowen acha que poderia ser algum planejamento da Veríty, mas é uma autobiografia. Se analisarmos pelo lado dela, encontrar uma autobiografia da autora da saga que você tem que terminar é bastante útil. Assim, é possível conhecermos um pouco mais dela e a continuação não sairá da perspectiva original. Eu sou tão curiosa quanto ela, mas já teria surtado e lançado umas verdades na cara da Veríty. Na verdade, eu acho que sairia correndo de lá! É a melhor, e mais segura, opção.

             Com o passar dos capítulos, conhecemos mais sobre a Veríty e vemos o quanto ela é perturbada mentalmente. Cada detalhe sobre os momentos em que ela passou com o Jeremy, a sua obsessão por ele, a raiva que ela sentia por uma das filhas, a maneira como ela necessitava da atenção e da aprovação dele a todo o momento, todos os planos malucos dela... Porém, o mais interessante, e assustador, fato é que quanto mais conhecemos a Veríty, mais sentimos medo e a necessidade de fugir!

          Não irei mais contar detalhes do livro, pois quero que analisem o manuscrito, as condutas de todos os personagens, principalmente a da Lowen, e interpretem o final da sua maneira. Contudo, não posso deixar de expressar a leve raiva que eu sinto desse final, porque ele poderia ter sido TUDOO. Como os policiais não fizeram uma investigação melhor? Como o romance daqueles dois surgiu de maneira muito rápida?? Existem TANTAS coisas que poderíamos ter entendido melhor, mas talvez seja esse o objetivo do livro.

            Para finalizar, quero agradecer a todos que leram a resenha até o final! E, o mais importante, no que vocês acreditam: manuscrito ou carta?
             

             PS: Eu acredito no manuscrito.