Resenha: A menina que roubava livros (Markus Zusak)


Classificação Indicativa: +12 anos
Gênero: Romance, Ficção Juvenil  e  Histórica, Bildungsroman
Nota: 5/5

Resenha:

Consigo sentir todas as emoções durante a leitura deste livro, mesmo apenas escrevendo esta resenha para vocês. Consigo lembrar de todas as risadas, de todos os surtos, de todos os choros, de todas as alegrias, de todos os sorrisos bobos e de todos os aprendizados. "A menina que roubava livros" é um livro que ficará marcado para sempre na minha vida, não só por ser o meu novo favorito, mas por mostrar uma realidade tão verdadeira, mesmo sendo um simples livro inspirado em alguns fatos vivenciados pelos pais do autor. Para todos aqueles que desejam lê-lo: esse livro irá marca-los profundamente. 

           O livro retrata a história de Liesel Meminger, uma menina que teve de ser levada para a adoção, que perdeu o irmão muito jovem, que perdeu todos os que mais amava, que viveu num dos períodos mais sombrios da humanidade, uma menina que encontrou a Morte três vezes. Sabe o que mais dói? Saber que ela passou por tudo isso num período em que suas lembranças deveriam ser boas, mas eu não culpo a Morte por isso, eu culpo o escritor e todos os humanos ruins do livro. A minha menina deveria ter sido feliz!

        Confesso que falando desse modo parece que o livro é puro sofrimento. Ele é? SIM. Mas há diversos momentos em que você se diverte e sente-se em casa. Exatamente essa a sensação: casa, porto seguro, paz. O começo da amizade de Rudy e Liesel, as dificuldades de Liesel para aprender a ler e ainda sim amar aquelas palavras (nunca me identifiquei tanto com uma personagem a ponto de entender o amor pelos livros, bem como sentir uma necessidade de tê-los e lê-los), a sanfona de Hans (sua vida é como as notas desse instrumento), os xingamentos de Rosa, os jogos de futebol e todos os livros e comidas roubadas. Cada um desses momentos, dentre vários outros, marcam os leitores de uma forma inexplicável. 

          "Que tal um beijo, saumensch?". Essa frase é uma das mais marcantes para mim. Qual o motivo? Só lendo para vocês descobrirem. Eu realmente não sei como explicar esse livro, porque não quero dar muitos spoilers para vocês. Nossa sacudidora de palavras deveria ter sido guardada num potinho para não sofrer mais, era só isso que eu queria. Contudo, entendo, apesar de odiar, o motivo para o livro terminar daquela forma. Enfim, algo interessante é que: mesmo o livro sendo grande, são poucos capítulos longos (a maioria são de três ou quatro páginas). 

       Talvez essa resenha esteja confusa ou até mesmo incompleta. Por isso, peço perdão logo de imediato! Para tentar ser boa com vocês, aqui vai um dos trechos que mais me marcaram: "O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo, na hora certa. A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza, e me pergunto como uma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer." 

           A única coisa que eu odeio é ter amado tanto esse livro por ter feito meu coração sofrer, mas não por um ou dois dias, apenas pela eternidade. Culpo-me por ter abandonado esse livro há três anos, só que talvez tenha sido melhor, já que pude lê-lo com a maturidade certa.

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