Resenha: A duquesa bailarina (Debbie Albuquerque)
Não lembro ao certo o dia em que decidi escolher esse livro para ler, mas ele marcou-me de uma forma absolutamente certeira. Acredito que foi ele quem despertou o meu amor pelo ballet, mesmo não dançando, e o primeiro em relatar o romance entre uma bailarina e um duque. Porém, o que mais fez com que eu amasse ele, foi o fato de evidenciar o preconceito que os artistas sofriam na sociedade quando não estavam no palco. Para vocês terem noção, eles não podiam sair pela entrada principal e as bailarinas eram vistas de maneira excessivamente sexual, ocasionando em assédios, por exemplo. O romance entre a fênix russa Lexie e o duque inglês Edward foi uma bomba para a sociedade da época e com certeza foi lindo ver o caos e a coragem que ambos tiveram de assumir o relacionamento.
Lexie faz parte da maior companhia de ballet do mundo: o Bolshoi. Ela é a melhor bailarina de seu tempo e está fazendo uma turnê com a companhia, realizando a apresentação de Giselle, que é dividida em dois Atos, chegando até à Inglaterra, onde fica por um tempo. Numa de suas apresentações, os olhares de Edward e Lexie encontraram-se e o nosso Duque ficou obstinado em conhecer a joia rara do ballet e que todos os homens cobiçavam. De início, as atitudes do duque não agradaram a gloriosa Fênix Russa, o que iniciou num belíssimo enimies to lovers. Porém, eu classificaria o livro num enimies to friends to lovers, já que o período de raiva que ela sentia não durou muito.
Uma das coisas mais bonitas do livro é a ligação de Lexie com o orfanato de Londres, onde dava aulas de graça para aquelas crianças. Lexie possui essa ligação por conta do período em que foi criada pelos padres da Igreja de Moscou e pelo orfanato em que ficou e aprendeu sobre o ballet após um incêndio na cidade causado pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Os pais de Lexie morreram na época e nenhum familiar entrou em contato com a menina, em que a mesma não lembrava seu sobrenome e nada sobre o que aconteceu com seus pais. Mas, para alegria de todos os leitores e das crianças, o Duque de Ouro descobre e faz investimentos no orfanato, que se encontrava numa situação delicada, já que a elite de Londres não se importava com o sofrimento da classe trabalhadora e das pobres crianças.
Sem nem perceber, Lexie vai se apaixonando cada vez mais por Edward e ambos entram num romance escondido. Um dos momentos em que estão juntos de que mais gosto é quando ela coloca o seu melhor vestido social para irem num museu descobrir se num dos quadros que estão lá de famílias russas ricas possam estar algum parente dela. Edward sempre fez de tudo para que ela se sentisse a vontade com ele e que ela percebesse o quanto se importava e gostava da sua companhia. Outro momento muito bonito foi quando ela e uma amiga do Bolshoi foram às compras e alguns jornalistas começaram a assediá-las e fazer perguntas inconvenientes, até que Edward chega e acaba com aquela situação.
Eu poderia simplesmente chegar e escrever uma resenha enorme sobre esse livro, mas ainda sim faltariam muitas coisas para falar. Esse livro é absolutamente glorioso, capaz de te deixar completamente maravilhado e emocionado com a estória. Nossa, lembrei agora da cena no trem, porém não vou contar ela para vocês. Na verdade, acho que fiz um bom trabalho contando um pouco do romance dos dois. Entretanto, poderia falar do baile em que ele assumiria o relacionamento com ela, até que algo acontece e muda todo o rumo da cena, dentre tantos outros momentos presentes no livro.
Para todos aqueles que esperavam que eu continuasse a dar detalhes dos acontecimentos, não fiquem chateados, por favor. Apenas quero que sejam motivados a ler essa obra de arte, e não uma narração de todos os fatos e chegar no final e falar: "é isso, acabou". Todavia, do fundo do meu coração, espero que tenha conseguido despertar a curiosidade de vocês.
Porém, caso não tenha, não tem problema. Só acho que vocês vão perder boas cenas de hot desse livro e que, no fim, Edward será só meu.
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